Descritas e publicadas na revista científica Zootaxa na última segunda-feira (23), as espécies foram descobertas em matas de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo e são todas pertencentes à família Sparassidae e do novo gênero Extraordinarius, criado também pela pesquisadora. Elas medem entre 1cm e 2cm de comprimento, possuem hábitos noturnos e não oferecem perigo ao ser humano.
De acordo com as regras de taxonomia (nomenclatura científica dos seres vivos), as nomeações são Extraordinarius andrematosi, Extraordinarius brucedickinsoni, Extraordinarius klausmeinei e Extraordinarius rickalleni. “Os nomes dessas espécies são em homenagem a pessoas que de alguma forma são extraordinárias no meu ponto de vista”, explica Cristina.
Para a bióloga, a história destes artistas é digna de homenagem. “O Andre era uma pessoa extraordinária, era músico, maestro, compositor e tocava piano. O Bruce é vocalista de uma das maiores bandas de heavy metal do mundo, ele pilota o próprio avião e é empreendedor. O Klaus é vocalista de uma banda que eu adoro, e o Rick é um baterista que perdeu um braço ao sofrer um acidente de carro. Ele então adaptou o instrumento que tocava para os shows. Isso para mim é um exemplo de superação”, ressalta.
As novas aranhas estão descritas no artigo “Extraordinarius gen. nov., a new genus of Sparianthinae spiders (Araneae: Sparassidae) from southeastern Brazil” e a pesquisa contou com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Fonte: Instituto Butantan
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