
Músico morreu após uma doença recente durante o Natal em casa, segundo a banda.
Perry Bamonte, guitarrista e tecladista do The Cure, morreu aos 65 anos "após uma doença recente em casa, durante o Natal", segundo publicação da banda nesta sexta-feira (26). "Quieto, intenso, intuitivo, confiável e imensamente criativo, 'Teddy' era uma parte vital e de coração quente da história do The Cure", afirma o comunicado.
O músico tocou com o grupo britânico entre 1984 e 1989, mas só se tornou um membro integral em 1990. Até 2005, tocou guitarra, baixo de seis cordas e teclado em discos como "Wish" e "Wild mood swings" e se apresenPerry Bamonte, guitarrista e tecladista do The Cure, morreu aos 65 anos após uma doença recente, em casa, durante o Natal. A morte foi confirmada pela banda britânica nesta sexta-feira (26), em comunicado publicado em seu site oficial.
“Quieto, intenso, intuitivo, confiável e imensamente criativo, ‘Teddy’ era uma parte vital e de coração quente da história do The Cure”, escreveu o grupo. “Nossos pensamentos e condolências estão com toda a sua família. Ele fará muita falta.”
Idas e vindas
Nascido em Londres como Perry Archangelo Bamonte, o músico teve uma trajetória singular dentro do The Cure, marcada por idas e vindas, múltiplas funções e uma relação de confiança com o líder Robert Smith. Seu vínculo com a banda começou em 1984, quando passou a integrar a equipe técnica da turnê, trabalhando como roadie, técnico de guitarra e assistente pessoal de Smith. Já guitarrista, Bamonte aprendeu piano e teclados nesse período, com aulas dadas por Janet Smith, irmã do vocalista.
Em 1990, após a saída do tecladista Roger O’Donnell, Bamonte foi promovido a integrante oficial do The Cure. Passou então a tocar guitarra, teclado, baixo de seis cordas e, ocasionalmente, percussão. Sua estreia em estúdio como membro da banda ocorreu no álbum “Wish” (1992), um dos maiores sucessos comerciais do grupo, que inclui clássicos como “Friday I’m in Love” e “High”.
Bamonte permaneceu no The Cure até 2005, participando também dos discos “Wild Mood Swings” (1996), “Bloodflowers” (2000) e “The Cure” (2004), além de registros ao vivo como “Paris” e “Show”. Ao longo desse período, apresentou-se em mais de 400 shows. Com mudanças na formação — incluindo a saída do guitarrista Porl Thompson e o retorno de Roger O’Donnell —, suas funções passaram a se concentrar mais na guitarra do que nos teclados.
Em 2005, Bamonte e O’Donnell foram dispensados por Robert Smith, que desejava reformular o grupo como um trio. Apesar da saída abrupta e da ausência de explicações públicas detalhadas, Bamonte manteve uma relação amistosa com o líder da banda.
Vida discreta
Após deixar o The Cure, o músico levou uma vida discreta. Dedicou-se à pesca com mosca (fly fishing) e construiu uma carreira como ilustrador, colaborando regularmente com a revista especializada “Fly Culture”. Em 2012, integrou o supergrupo Love Amongst Ruin como baixista, participando do álbum “Lose Your Way”, lançado em 2015.
Em 2019, Bamonte reencontrou antigos e atuais companheiros do The Cure na cerimônia de indução da banda ao Rock and Roll Hall of Fame. Três anos depois, em um movimento que pegou fãs de surpresa, ele voltou a integrar o grupo, participando da extensa turnê “Shows of a Lost World” — inclusive da apresentação em São Paulo, no festival Primavera Sound, em 2023. Nesse retorno, tocou em cerca de 90 apresentações, descritas pela banda como algumas das melhores de sua história recente, culminando no concerto “The Show of a Lost World”, realizado em Londres, em 1º de novembro de 2024.
Fonte:The Cure
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