
Morre ao 48 anos de idade o Jontho ou (John Thomas Bratland) o metal extremo perde um dos seus percusore Jontho era um dos mais respeitados, cuja carreira ajudou a consolidar o Black Metal Norueguês como uma das mais influentes exportações culturais da Noruega.
O black metal recebeu, nesta segunda-feira, 22 de Dezembro, uma notícia devastadora com a morte de Jontho, o nome artístico de John Thomas Bratland, membro historico do Ragnarok. A confirmação da trágico desaparecimento desta figura central do género deixou toda uma comunidade underground profundamente consternada, não apenas pela idade precoce do músico, mas também pelo peso artístico e simbólico que Jontho carregava desde os primórdios da segunda vaga do Black Metal norueguês.
Fundados em 1994, o Ragnarok surgiram numa fase decisiva para a consolidação da cena extrema norueguesa, afirmando-se rapidamente como uma força criativa relevante. Jontho integrou a formação original como baterista, função a partir da qual ajudou a moldar a identidade da banda, regressando mais tarde como vocalista e frontman, papel que acabaria por marcar definitivamente o seu legado. A sua presença em palco e a entrega visceral à música tornaram-no uma figura imediatamente reconhecível dentro e fora da Noruega.
O álbum de estreia ''Nattferd'', lançado em 1995 pela Head Not Found, editora fundada por Metalion, da influente Slayer Mag — permanece como um dos registos inaugurais mais sólidos e respeitados do black metal escandinavo. O disco é frequentemente apontado como um exemplo da força criativa desse período, combinando agressividade crua com uma visão estética e espiritual alinhada com a essência do género. Ao longo dos anos seguintes, Jontho continuaria a reforçar essa reputação com lançamentos que ajudaram a projetar o Ragnarok além das fronteiras.
Entre esses marcos destaca-se ''Blackdoor Miracle'', lançado em 2004, um registo que contou com a participação de Hoest, dos Taake, nos vocais e que é amplamente reconhecido como um dos álbuns mais vibrantes e intensos da discografia da banda. A ferocidade, aliada a uma sensação quase paradoxal de renovação criativa, tornou-se uma assinatura dos discos liderados por Jontho.
Além do Ragnarok , Jontho esteve também envolvido numa série de outros projetos que testemunham a sua versatilidade e dedicação à música extrema underground. Entre eles contam-se os Endezzma, The Shining Woe, Perdituib Hearse, Kharon, Excelsis, Shadow Dangers ou ainda os Thoth, que reforçam a sua importância enquanto músico altamente respeitado no movimento underground. A sua colaboração com os Tsjuder, no clássico ''Demonic Possession'', de 2002, é frequentemente lembrado como um dos momentos mais inspirados da sua carreira em estúdio.
Enquanto músico de sessão ao vivo, Jontho conquistou também uma reputação temível e admirada, tendo actuado como uma verdadeira “arma de palco” ao lado de nomes como os Taake e Fester. A intensidade das suas prestações ajudou, de resto, a cimentar o estatuto do black metal Norueguês como uma experiência tão física como emocional, capaz de marcar de forma duradoura quem a presencia.
Num momento em que a comunidade presta homenagem a Jontho e ao seu contributo para esta arte tão militante e intransigente, torna-se inevitável recordar também Jerv, baixista dos Ragnarok, que perdeu a vida num acidente de viação em 2017. A história da banda fica, assim, marcada por perdas significativas, mas também por um legado que continua a ecoar através da música que ajudaram a criar.
Fonte:Ragnarok
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