quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

DEAD FISH revisita 30 anos de história no Dharma Sessions






Rodrigo Lima aborda as origens e a trajetória internacional do ícone do hardcore brasileiro.


No episódio mais recente do Dharma Sessions, apresentado por Gastão Moreira, o Dead Fish foi destaque em uma conversa que explorou as três décadas de história da banda e a relevância do hardcore nacional no cenário internacional. Rodrigo Lima, vocalista e único integrante da formação original, trouxe um relato repleto de momentos marcantes, desde o início nos anos 1990 até os dias atuais. Durante o programa, a banda apresentou clássicos como Dentes Amarelos, Tupamaru e Avenida Maruípe, além de compartilhar detalhes sobre a turnê do álbum Labirinto da Memória, lançado em 2024. Para Rodrigo, a longevidade do Dead Fish reflete o compromisso com um discurso crítico e a conexão com o público: "Nunca imaginamos que teríamos a banda por mais de 30 anos, mas aqui estamos, vivendo da música e dos palcos".


Rodrigo relembrou as primeiras produções da banda, que, antes de assumir o nome Dead Fish, começou sua trajetória em 1991 como Stage Dive. As demos iniciais, como Re Progresso, traziam músicas em inglês, pois o objetivo era alcançar o mercado externo. No entanto, essa estratégia logo mudou: "Ouvia muito Cólera e Ratos de Porão, e percebi que fazia mais sentido cantar em português". Essa transição destacou o Dead Fish na cena nacional, aproximando suas letras de temas locais e inquietações do público brasileiro.


Ainda assim, o público internacional sempre esteve no radar da banda. Rodrigo comentou como, durante as turnês pela Europa e Argentina, os fãs demonstram admiração pelo teor político das letras: "Lá fora, todos sabem que temos um discurso e, por isso, nos perguntam o que queremos dizer com nossas músicas". Ele também mencionou a relação especial com outras bandas latino-americanas, como o Eterna Inocência, que lançou uma versão em espanhol de Contra-Todos, enquanto o Dead Fish retribuiu com uma versão em português de Encontro Meu Descanso Aqui. Segundo Rodrigo, "sempre foi um sonho cantar em castelhano".


Com uma formação que une músicos de diferentes estados do Brasil, o Dead Fish hoje é integrado por Rodrigo Lima (vocal), Ricardo Mastria (guitarra), Igor Tsurumaki (baixo) e Marco Antonio Melloni (bateria). Rodrigo destacou que, após anos de mudanças na composição do grupo, os shows ao vivo se tornaram a principal fonte de sustentabilidade da banda. "Hoje nos mantemos com os palcos, e o público é o que nos mantém vivos", afirmou, reforçando a relação de proximidade que sempre caracterizou o Dead Fish.


O álbum Labirinto da Memória, lançado em 2024, sintetiza a trajetória da banda e celebra suas raízes no hardcore brasileiro. Rodrigo explicou que o disco explora temas pessoais e sociais que marcaram os 30 anos de estrada, reafirmando o papel do Dead Fish como porta-voz de uma geração. Entre as canções apresentadas no Dharma Sessions, destacaram-se Dentes Amarelos, Tupamaru e Avenida Maruípe, faixas que personificam o equilíbrio entre a energia visceral do hardcore e a profundidade das mensagens da banda.



Gastão Moreira destacou que o Dead Fish possui "muita moral" na América Latina, algo que Rodrigo recebeu com humildade, reconhecendo o longo caminho para conquistar o público fora do Brasil. Ele reforçou que a banda continuará levando sua música para novos territórios e trabalhando em colaborações com outras bandas.

Mais uma vez, o Dharma Sessions, gravado no Dharma Studios de Rodrigo Oliveira, serviu como palco para a reflexão e celebração da música brasileira. O episódio reafirmou que o Dead Fish é muito mais do que uma banda: é um símbolo de resistência e reinvenção cultural contínua.




Assista ao episódio completo em:







Acompanhe as novidades do programa seguindo @kazagastao e @dharma.studios nas redes sociais.


Fonte:Franke Comunicação


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