quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

(Re) Visitando passado, presente e futuro: como a Unholy Art mistura a tradição e a inovação no visual Metal




Os figurinos do Metal carregam décadas de história: couro pesado, vinil brilhante, rebites, correntes e acessórios metálicos criaram uma estética que se tornou tão icônica quanto o próprio som. Mas, ao mesmo tempo em que esses materiais continuam presentes, uma nova geração de artistas e costureiros vem incorporando alternativas modernas, misturando tecnologia, conforto e novas possibilidades visuais.


No centro desse processo, criadoras como a gaúcha Kelly Vezzaro, da Unholy Art, observam o movimento diário entre tradição e inovação no atelier. “Cada material tem um caimento e uma textura específica. Não posso escolher apenas por ser bonito, eu preciso entender se vai ser confortável no corpo, seja para usar no palco ou no dia a dia." comenta.



O couro segue sendo o material mais associado ao Metal, seja no visual biker, no Heavy tradicional ou no Black Metal. Segundo Kelly, a escolha vai além da estética: “O couro é o material mais durável que existe e cria uma atmosfera visual que poucos tecidos conseguem igualar. Roupas em couro são mais pesadas, algo que nem todo mundo tolera, seja num show, em dias quentes ou em longas turnês, além de ser um material que exige manutenção, higienização e outros cuidados...”.



Essa relação histórica com o couro foi fortemente moldada por bandas como o Judas Priest, cuja estética nas décadas de 70 e 80 — repleta de jaquetas de couro, rebites, correntes e acessórios metálicos — definiu visualmente o que o mundo passou a reconhecer como a cara do Heavy Metal. A combinação entre som agressivo e figurino marcante transformou a banda em referência global. O impacto foi tão grande que muitos elementos introduzidos por Rob Halford e sua turma se tornaram códigos visuais do gênero até hoje.



O vinil, por sua vez, ganhou espaço por ser mais maleável e acessível. “O vinil e outros tecidos sintéticos semelhantes são ótimos para quem busca impacto visual sem complicações. Ele reflete luz, funciona muito bem em fotos e clipes e tem uma presença marcante no palco. Mas é menos resistente à temperatura e se desgasta rápido". É ideal para figurinos de curta duração, ensaios fotográficos e clipes, aonde a estética precisa vir antes do conforto.



Elementos metálicos continuam sendo assinatura do Metal extremo, mas exigem técnica na aplicação e desenho cuidadoso. “O visual fica incrível. Cada spike é pensado para não machucar, não travar a movimentação, não enroscar no cabelo e principalmente, não danificar os instrumentos. Esses detalhes fazem diferença na hora de criar uma peça funcional”, explica a estilista. Ferragens pesadas funcionam melhor em jaquetas e acessórios; ferragens leves servem para roupas de palco que exigem mobilidade.



A novidade mais evidente nos últimos anos é a entrada de materiais tecnológicos — neoprene, tecidos emborrachados, borracha flexível, malhas de alta resistência e materiais veganos que replicam o couro. Essas opções ampliam possibilidades estéticas e funcionais, principalmente para quem busca conforto e leveza sem perder o impacto visual. Kelly explica: "A tecnologia abriu um universo novo com relação aos tecidos e outros materiais. Tem os emborrachados que imitam o visual industrial, o neoprene que modela no corpo, malhas que são mais leves e respiráveis e os veganos que imitam a textura do couro. E cada vez mais pessoas buscam essas opções pelo conforto e durabilidade, e esses materiais funcionam muito bem, inclusive no palco”.



Essas misturas modernas permitem criar figurinos que suportam calor, movimento intenso e turnês prolongadas, mantendo uma estética forte e contemporânea. Entre a tradição do couro — eternizada por bandas como o Judas Priest — e a inovação dos materiais tecnológicos, o que se destaca no figurino de Metal é a busca por identidade. “Não existe mais a regra de que tudo precisa ser couro e rebite. Hoje posso misturar tecidos de diferentes texturas com os metais e o resultado continua sendo autêntico. O importante é criar algo que funcione para a pessoa que vai vestir, tanto na parte estética quanto no conforto e mobilidade durante o show”, completa Kelly.



Kelly, que através da Unholy Art já trabalhou com bandas como Sons of Judas (foto), Miasthenia, Distraught, Crypta, The Mist, Patria e The Troops of Doom, finaliza destacando que “a estética do Metal evoluiu, mas sua essência permaneceu, com atitude e personalidade e agora também conta com novas ferramentas e possibilidades nas mãos de quem cria”.



Na foto, Jeferson Krug, vocalista do Sons of Judas, banda tributo ao Judas Priest, clientes da Unholy Art.



Foto: Reprodução/Facebook


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Fonte:Wargods Press

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