
Belém do Pará recebe a COP 30, conferência internacional sobre mudanças climáticas e sustentabilidade. Mas muito antes de o tema dominar o debate público, uma banda nascida justamente nessa cidade já refletia sobre o futuro do planeta — e com uma visão surpreendentemente profética.
Em 1981, André Chamon, baterista da lendária STRESS, escrevia as letras do que se tornaria o primeiro álbum de heavy metal do Brasil, lançado em 1982 — portanto, há 43 anos. As músicas abordavam a dura realidade social da época — miséria, violência, alienação e a busca por liberdade. Porém, uma das faixas destoava pelo seu tom visionário e esperançoso: “2031”.
A canção começava descrevendo o cotidiano caótico dos grandes centros urbanos, mas seu refrão projetava um futuro transformado, mais humano e consciente. Agora, mais de quatro décadas depois, enquanto o mundo se volta para Belém na COP 30, suas metas e debates sobre sustentabilidade e qualidade de vida dialogam diretamente com o espírito antecipado pela música.
A letra escrita por André Chamon, com participação de Roosevelt Bala, vocalista e fundador da STRESS, soa hoje como uma ponte entre arte e realidade:
“Eu nasci chorando
Do susto que tomei
Fiquei sufocado
Pelo cigarro que o mundo fumou
(…)
Mas tudo é diferente agora
Faz meio século que tudo mudou”
O que nasceu como reflexão artística no início dos anos 80 ressurge em 2025 como mensagem atual, sensível e alinhada às discussões globais. A banda que nasceu em Belém — pioneira do heavy metal no Brasil — agora vê sua cidade no centro do debate internacional sobre o futuro da humanidade.
A coincidência entre a mensagem de “2031” e os objetivos da COP 30 reforça a atualidade e a força de uma obra criada há 43 anos, mostrando que o rock também pode antecipar caminhos e inspirar mudanças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário