O desamor é pálido e, se fosse possível mensurá-lo, certamente seria um vazio. Neste contexto, um desencontro amoroso ou um amor não correspondido, para o quinteto sergipano A Banda dos Corações Partidos, é ainda incolor, o adjetivo que dá nome ao single já disponível nas plataformas digitais.
Incolor, produzida por Alex Sant'Ana, Leo Airplane e Diane Veloso, é um lançamento do selo Badalando Play. Ouça aqui: https://ditto.fm/incolor.
Esta é a primeira composição do experiente Luno Torres (ex-Plástico Lunar e agora também em carreira solo) na Corações. É música de fossa, com uma eloquente carga dramática que cresce e dilacera ao decorrer dos quase três minutos da canção.
Incolor escancara a MPB fossa como a proposta mestre da Banda dos Corações Partidos, sem medo algum de 'enfiar o pé na lama' quando o assunto é se entregar profundamente ao amor, mesmo que seja para sofrer.
Entre acordes vagarosos e ritmos cambaleantes, o instrumental sustenta o canto performático de Diane Veloso sobre o momento em que a pessoa precisa encarar o fim de um relacionamento - ou a ausência dele, isso fica por conta de como o ouvinte direciona seu lamento.
Incolor é a segunda amostra do segundo álbum da banda, já intitulado Canções de Ódio, Abandono e Ressentimento - o primeiro single foi O Peso do Mundo é o Amor. São 12 faixas e está programado para chegar ao streaming no dia 4 de fevereiro.
O single, assim como o disco, foi viabilizado pela Lei Aldir Blanc de apoio à cultura.
Capa do single
A banda
A Banda dos Corações Partidos surgiu da experiência vivida pela vocalista Diane Veloso, também atriz, com uma oficina de teatro melodramático em 2006.
Após essa imersão no mundo da 'dor de cotovelo', A Banda dos Corações Partidos surgiu contando com as cordas elétricas de Abraão Gonzaga, hoje assumidas por Alexandre Marreta, as teclas de Leo Airplane, o choro de Aragão, as escalas em fá de Luno Torres e os rufos de Ch Malves que passou as baquetas para Josimar Seguro.
A banda já participou de eventos como Festival de Artes de São Cristóvão (2019), Virada Cultural de São Paulo (2017), Conexão Vivo em Recife (2009) e Projeto Periférico na Escola SESC do Rio de Janeiro (2012) além de festivais importantes em Sergipe, como Zons e Projeto Verão.
Na discografia lançou em 2012 o EP "Corações Partidos" e em 2014 o homônimo CD A banda dos Corações Partidos. Em 2017 lançou mais um EP, “Desamor”. O último registro até então lançado foi - em 2019 - o single Offline.
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