Se fosse possível resumir a apresentação que o Slayer fez nesta quarta, 2, no Espaço das Américas, em São Paulo, usando apenas uma figurinha no Whatsapp, a imagem seria essa:
Porque foi isso mesmo.
No palco, Tom Araya (vocal/baixo), Kerry King (guitarra), Paul Bostaph (bateria) e Gary Holt (guitarra) conjuraram o tinhoso em um show pesado, poderoso e infernal, sem jamais perder a ternura.
Final World Tour
A apresentação em São Paulo teve um gostinho agridoce para os 8,2 mil fãs que lotaram o Espaço das Américas, na Barra Funda.
Doce porque eles tiveram a chance de assistir ao grupo californiano mais uma vez. Amarga porque, provavelmente, esta será a última vez.
A banda trouxe ao país sua derradeira turnê, “Final World Tour”, que celebra os 36 anos de carreira e anuncia a aposentaria. Ainda no Brasil, o grupo fará uma nova apresentação, na sexta, 4, no Rock in Rio.
O clima não poderia ser mais propício para um show do Slayer. O forte calor que chegou ontem na capital paulista refletiu-se no salão. O local estava lotado e tão quente que as paredes e pilastras escorriam suor. Vai ver, alguém no backstage, em contato com o cramulhão, mandou abrir as portas do inferno por algumas horas e assou a plateia.
Com a pista fervendo e sem área premium, nem mesmo a proibição para a realização de moshs (rodinhas de pogo) e crowdsurfs foram respeitadas. No meio da galera, o que se via eram fãs se divertindo (e se esbofeteando) ao som de um setlist para ninguém botar defeito.
A banda tocou clássicos de todas as fases da carreira. Teve, é claro, "Angel of Death" e "Raining Blood", mas também teve "Evil Has No Boundaries", "War Ensemble", "Season in the Abyss", "Hell Awaits", "South of Heaven" e "Black Magic".
Antes do Slayer subir ao palco, os brasileiros do Claustrofobia fizeram a performance de abertura. Os veteranos do metal nacional ajudaram a esquentar ainda mais o público e vão acompanhar o Slayer no Rock in Rio, onde também se apresentarão.
Despedida
O que é difícil entender, é o motivo da aposentaria precoce da banda. Tom Araya provou estar na melhor forma. Ele esgarçou a voz como se fosse um garoto e alcançou as notas mais altas sem esmorecer.
Mas, ao final da apresentação, o vocalista deu o tom de despedida e de agradecimento pelos quase 40 anos de carreira.
Após 1h35 de show, já com todas as luzes do público acesas, Araya foi até a boca do palco e ficou quase cinco minutos imóvel, em silêncio, olhando para o público. Silêncio esse, que só foi quebrado por uma frase, dita em português, que resumiu o sentimento dos fãs. "Vou sentir saudades".
Set list do show do Slayer em São Paulo:
Repentless
Evil Has No Boundaries
World Painted Blood
Postmortem
Hate Worldwide
War Ensemble
Gemini
Disciple
Mandatory Suicide
Chemical Warfare
Payback
Temptation
Born of Fire
Seasons in the Abyss
Hell Awaits
South of Heaven
Raining Blood
Black Magic
Dead Skin Mask
Angel of Death
Fonte:Revista Rolling Stone
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