quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Papo de Música: Andreas Kisser fala sobre preconceito musical e como o Sepultura, banda brasileira de maior prestígio internacional, também atrai os "kids"




Falar em “música brasileira” é abrir um enorme e diverso guarda-chuva de sonoridades e expressões artísticas. Da bossa nova ao funk, outros gêneros já chamaram a atenção mundial para este país tropical. É o caso do Heavy Metal nacional, gênero que alçou ao mundo a banda Sepultura e o guitarrista Andreas Kisser - entrevistado desta semana no canal Papo de Música. Em conversa com a apresentadora Fabiane Pereira, o artista falou sobre barreiras por preconceito musical e linguístico, o início da construção de sua carreira-solo e até sobre a repercussão das músicas do grupo entre crianças .

Assista Abaixo :





“Tudo é Brasil”, afirma antes de declarar a existência de um preconceito do grande público com o Heavy Metal. “Ficam presos em estereótipos, dizem que o Brasil tem uma certa imagem e ritmo. Sim, tem, mas tem muito mais. O Brasil é muito mais amplo”, diz. As premiações musicais também não ficam de fora da problematização feita por Andreas por não incluirem grupos do estilo nas competições. “Por que não juntar Zeca Pagodinho com Sepultura?”, questiona, prestes a contar a dificuldade de entrar em premiações brasileiras por cantarem em inglês e também de entrar em eventos no exterior por serem estrangeiros em outros territórios.


Apesar de compreender o choque causado por alguns elementos da cultural metaleira - como a predominância de roupas pretas, os vocais gritados e os famosos mosh pits -, ele ressalta como muitas vezes o público musical escolhe enxergar somente o lado negativo da expressão do estilo. “As pessoas se matam no Carnaval e tá tudo bem, porque é a expressão da cultura e festa brasileira”, aponta. Estes estereótipos parecem não ser levados em conta por crianças, o Sepultura “tem uma pegada com os kids”. A afinidade com o ritmo, segundo o guitarrista, é uma relação importante por ensinar harmonia, a se relacionar com outras pessoas por meio da música, entre outras habilidades culturais, sociais e, no futuro, até de negócios. “O Theo [filho da Sandy] realmente curte música, mas ele gosta da coisa mais pesada da guitarra. Muito bem educado (risos)”, brinca, lembrando ser ídolo do filho da cantora.


Com o disco Quadra lançado pelo grupo neste ano, o artista revela estar se sentindo no auge do conhecimento musical e, por isso, vê no trabalho a melhor obra do Sepultura. Mesmo com a banda indo “muito bem, obrigado”, ele confessa planos de dar continuidade aos experimentos sonoros solo, caminho iniciado em 2009 com o disco duplo “HVBRIS I & II”. “Eu tenho uma demo, que seria um segundo disco-solo. É uma coisa um pouquinho mais pra frente, vamos ver”, conclui.


A conversa ainda fluiu por outros tópicos, como a influência da banda norte-americana Kiss na trajetória do músico. O bate-papo também rendeu uma playlist exclusiva inspirada no conteúdo do vídeo :


https://open.spotify.com/playlist/6R6EAySYbxHNkzQxccefP9?si=VUgCbI2iRU60Ro3E-rXcPg


Sobre o canal Papo de Música

O Papo de Música é um dos raros espaços no YouTube que tem a música como protagonista. Comandado pela jornalista Fabiane Pereira e dirigido pelo videomaker Vitor Souza Lima, o canal traz, semanalmente (toda terça-feira, ao meio-dia), uma entrevista inédita com algum cantor ou cantora. Com um tom íntimo e pessoal, o Papo de Música não se restringe a nenhum nicho musical e diversidade é uma das suas principais características. Em um ano e meio de existência, o canal lista mais de 70 entrevistas. Passaram por ele nomes como Erasmo Carlos, Criolo, Adriana Calcanhotto, Pabllo Vittar, Daniela Mercury, Djonga, Xande de Pilares, Tuyo e Duda Beat.

Assessoria de Imprensa:

Trovoa Comunicação

+55 11 98432-0330

Carol Pascoal – carol@trovoa.comLeo Ferreri – leo@trovoa.com

Fonte:Trovoa Comunicação


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